
Aí eu cansei. Depois de tantas voltas, tantas curvas, eu estava exausta. Saturada das explicações, dos argumentos, do vazio de sempre. Então eu resolvi sair. Deixei o casulo de lado, a zona de conforto e fui pro mundo. E cada hora eu me encontrava em um lugar diferente, com uma sensação diferente, em braços diferentes. Fiz tudo o que um dia achei que me faria feliz: pulei de pára quedas, conheci gente nova, sai e pela primeira vez me permiti ser livre. Realmente, tudo isso me deixava bem, muito bem. A energia corria pelas minhas veias e meu corpo reluzia minha alegria. Mas logo o efeito passava, o álcool se diluía, os braços me soltavam... E tudo voltava a ser como era a antes. Eu continuava procurando algo que não sabia o que era. As explicações, os argumentos e o vazio continuavam a me cercar. Procurei ainda mais fundo, fiquei louca, me embreaguei, me suicidei, ressuscitei de onde jamais alguém acreditou que teria forças. Mas a procura continua presente. E assim eu vou enlouquecendo cada dia mais, sem respostas, sem gritos, apenas enlouqueço. Continuo esperando, remoendo o passado, buscando segurança e paz, mas não desisto. Sabe, deve haver um porto!
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