terça-feira, 16 de julho de 2013

Numa tarde qualquer



Hoje você me pegou de surpresa. Quer dizer, não você, de fato, porque não sei por onde você anda, muito menos o que tem feito. Mas eu lembrei do seu abraço naquela tarde de um dia qualquer. Nós estávamos juntos há pouco mais de 4 meses, eu acho... Nós brigamos por alguma coisa boba que eu nem lembro exatamente o que era e eu levantei a hipótese de cada um ir para o seu canto, seguir a sua vida. Você disse não saber o que fazer e alguns minutos depois sumiu do chat da Facebook. Eu juro que achei que aquele seria o nosso fim. Mas 10 minutos depois você estava parado no portão da casa que eu chamava de minha. Você entrou, me abraçou forte e me deu um beijo que eu jamais vou esquecer. Naquele momento, mesmo que sem palavras - já que eu já sei que você não é bom com elas - você me pediu para ficar. E eu fiquei porque, nos seus braços e com todos os nossos erros, eu me sentia segura. E eu fiquei até você decidir ir embora. E você foi. Eu fiquei por mais um tempo e depois aceitei que era hora de caminhar também. Sumi com as nossas fotos, joguei fora o que sobrou de você por aqui e até comprei aquele sapato que você dizia que era horrível, só pra dizer pra mim mesma que agora não importava mais. E então eu fui, eu te deixei também. E tenho ido embora a cada dia mais. Nós já somos dois estranhos trilhando caminhos diferentes, em estradas que não se cruzam mais. E do que passou, ficou mais uma das cicatrizes que coleciono nisso que chamo de coração. E ele ainda bate e bate forte, mesmo machucado. É verdade que a nossa história chegou ao fim, mas há quem diga que para todo fim, há um recomeço.