sábado, 25 de setembro de 2010

'Vem me buscar, me leva pra longe daqui. No caminho de lugar nenhum eu te explico sobre minha fuga e os motivos de eu decidir voltar. Eu desisto de desistir de você. Sei que eu não posso querer você só de vez em quando, nem fazer você esperar eu me apaixonar. Só fica mais um pouco. É da sua companhia que eu preciso pra respirar agora. Não precisa dizer nada.'

Verônica Heiss

domingo, 19 de setembro de 2010

Eu sou ingrata...


A verdade é que eu sou ingrata. É, ingrata sim. Eu passei 17 anos da minha vida - como se fosse muito tempo - pedindo um príncipe encantado, que fosse alto, bonito, simpático e que não ligasse pras minhas gordurinhas ou cismas ou tpm's ou seja lá qual defeito mais eu tenha. E num belo dia eu acordo, e me sentindo boa o suficiente resolvo ir falar com ele. E falei. A gente saiu e as lacunas de assunto eram preenchidas por beijos sem motivo, meio desajeitados, típicos de quem não se conhece. E eu fui embora, com o coração na boca, a mão suando. Eu parecia mesmo uma adolescente de 17 anos que nunca tinha namorado. Mas eu sou ingrata, eu ja disse. Continuo achando ele alto, bonito e simpático, mas sempre há alguém menos alto, menos bonito e mais simpático. E esse alguém me abraça como se conhecesse meu corpo centímetro por centimetro, e respira no meu ouvido como se soubesse que isso me enlouquece. E me segura pelas costas como quem não quer nada mas ao mesmo tempo daria tudo pra me ter ali. E ele tem. E tá errado. Tá errado porque o príncipe encantado continua me ligando, e me deixando scraps e sempre tem uma mensagem de texto dele no meu celular. E ele é tão perfeito que eu não consigo trocá-lo pelo outro. Mesmo que o outro faça meu coração disparar só de sorrir, faça meu estômago se contorcer só de apoiar a mão no meu ombro, e faça meu corpo se enrigecer tentando manter a postura, enquanto me seguro para nao abraçá-lo, não me aproximar... E as mãos dele continuam em mim, embora os olhos nunca encontrem os meus, embora os pensamentos estejam tão longes que nem sou capaz de alcançar. Mas ele insiste em estar presente em cada pensamento, em cada suspiro e em cada vontade de me suicidar. E me suicido assim, diariamente, enquanto um príncipe ainda luta por aí tentando me salvar de algo que eu não consigo me livrar, ou consiga, apenas não quero.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu. Você. Nós.


Acho insensível dizer que o velho já não me serve. Aliás, posso dizer que ninguém me serviu tão bem quanto você. Hoje, anos depois, posso ver com clareza o quanto seus pés me guiaram para estradas de paz e tranquilidade, o quanto seu sorriso me teletransportava para paraísos tão seus. E arrisco dizer que você, velho amor, foi o encaixe perfeito do abraço, a batida ideal do meu coração, o catalisador eficaz dos meus instintos. Você fez da criança inocente a mulher que sou, tão armada, tão conciente e tão confiante. Você me fez acreditar que enquanto em meus braços, o mundo era só nosso. E o nosso mundo se construia no olhar, o teu olhar. E insisto em notá-lo pelo efeito que causava em mim, tão proximo, tão quente, tão sincero com a pouca luz daquele quarto. Não vou discutir, as luzes se apagaram de vez e seu olhar sumiu do meu campo de visão. É verdade que somos outros agora, com outras cores, outros perfumes, outros amores. Mas somos o complexo e voraz raio que fomos um dia, apenas enferrujado, guardado, esquecido. Esqueci-me do seu cheiro enquanto outros confundiam meu olfato, esqueci-me dos seus trejeitos me distraindo com outras manias. Esqueci-me do teu nome, endereço e telefone, mas sua presença continua viva como se pudesse me puxar a qualquer momento de volta praquele seu paraíso, que de tão seu e de tão meu um dia se fez nosso.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eu quero ficar com você


"Eu quero ficar com você."
E foi com essas cinco palavras que você me deu a certeza de que eu havia tomado a decisão correta. De que em trocar a confusão dele pela sua segurança eu seria feliz. E eu quero te agradecer. Agradecer por ser tão lindo, tão forte e tão gentil que as vezes me faz duvidar se não passa de um sonho. Por você ser tão presente e tão preocupado, mas ao mesmo tempo tão distraído a ponto de eu precisar te ligar pra você não perder a hora na segunda de manhã. Por você mesmo sabendo que eu não sou sua, querer me fazer bem. Por você me enrolar nos seus braços quando vê que ele está por perto e saber que eu estou sofrendo. Por você me dizer sempre o quão importante eu sou, e por você mudar pequenos hábitos por saber que me incomodam. Por me aceitar do jeito que estou: frágil, encolhida, distante, talvez inalcançável. Obrigada por fazer dessas cinco palavras o suficiente pro meu coração acelerar e criar a esperança de que ainda há um caminho. Não num amor utópico e fantasioso, mas no certo, no correto, no estável. Veja só, eu que sempre fugi da estabilidade, hoje opto por ela. Foi necessário. E por isso, Obrigada.