sábado, 31 de julho de 2010

Try and be alone, not lonely...


Talvez não seja só uma questão de tempo, uma fase, talvez eu seja assim... com todas as manias, defeitos e problemas que não vão passar. Talvez você tenha que me aceitar do jeito que estou agora, machucada, desconfiada, com barreiras que neste momento eu não tenho forças para quebrar. Mas eu cansei de fazer aquela velha dose de vodka minha melhor amiga, e fazer da inconciência meu ponto de equilíbrio. Então desligue esse som que anestesia meus pensamentos e diga que está aqui. Mas só diga se for para ficar. Se suas dúvidas - maiores ou iguais as minhas - te impedem de ter certeza, por favor vá embora e leve com você todas as incertezas que te cercam - as minhas já me bastam. Eu vou levar um tempo para me desintoxicar de você, a droga feita exatamente para mim e que conhece cada ponto fraco de maneira a saber agir exatamente neles. Eu tô cansada de esconder o que eu sinto e o que eu penso, de agir tentando te convencer que sou o melhor. Façamos o seguinte então, essa sou eu, conheça-me. Saiba de todos os meus tiques, bagunças, carências, problemas. Se assim eu não sou o que você precisa, então definitivamente você não se encaixa no padrão despadronizado do que eu quero pra mim, mas quero assim, quero pra sempre...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Lines


São menos de 5 segundos, é a reta final, a descida, a sensação de desamparo e aflição, a queda, a montanha russa. São os 5 segundos que fazem tudo valer a pena. São os 5 segundos que ao seu lado param, imóveis, eternos. São suas palavras que me causam a mesma sensação, o mesmo zumbido no ouvido, a mesma adrenalina que aquela queda. E é você e seu sorriso, mirados diretamente pra mim que fazem com que todas as horas de espera, todos os risos sem dono, todos os abraços desajustados tenham valido a pena. Valido a pena para que eu percebesse que eu não pertencia a eles, que meu ajuste perfeito, minha peça do quebra cabeça ainda estava por aí, andando em ruas paralelas as minhas, perdendo tempo com distrações, esperando que eu me perdesse em algum ponto e por acaso cruzasse com sua vida. E em segundos você pegou todos os cacos que ele havia deixado, todas as lágrimas derrubadas, cada suspiro e olhar baixo...você apagou enquanto ele se fincava alí parado olhando eu me queimar aos poucos, desmoronar aos montes, sumir sem pistas. Mas você me enxergou aonde nem mesmo eu me enxergava, me mostrou que não importa quantos caminhos errados eu tome, as linhas se cruzam perfeitamente e em alguma hora eu hei de encontrar o que sempre procurei. E é por isso que eu agradeço a ele, minha distração. Dizem mesmo que só se reconhece o céu quando já se esteve no inferno.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Where Dreams Should Come True


Impulsivamente eu me peguei pensando em até que ponto posso ser feliz sozinha. Digo, longe dessas suas regras e opiniões que tanto me incomodam. Talvez seja apenas implicancia sua ou talvez seja o seu jeito de responder aos estímulos que o mundo ao seu redor te oferece. Mas embora de certa forma eu me pareça com você, isso me entristece e me tira o chão. Eu queria que tudo fosse mais fácil, mais simples, quem sabe até mais natural. Gostaria que eu não precisasse forçar o sorriso ou pensar em tudo o que devo ou não dizer ao seu lado. Não é de hoje que sonho em sair, em deixar o seu campo de concentração e descobrir novos lugares, novos ares. Provavelmente me faria um bem indescritível viver minhas próprias escolhas, conviver com meus próprios erros. E eu quero, eu desejo isso na mesma intensidade em que meu corpo responde aos estímulos das sua palavras. Com a mesma velocidade que meus olhos encharcam ao ouví-las. E isso torna tudo muito mais difícil, pois mesmo milhas e milhas distante de casa, em um lugar onde sonhos deveriam se tornar realidade, sua sombra insiste em me perseguir, me amedrontar... e nesse exato momento, não tenho tempo nem forças para resistir e para discutir. Faça o que quiser, só não me inclua nos seus planos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Give me a break


A ausência tem me feito bem. Em especial a sua ausência. A distância de todos os seus dramas, suas dúvidas, suas incertezas. Sabe, se fosse em outra época eu provavelmente sairia correndo, chorando, implorando e talvez até procurando você em outras vozes, outros corpos. Mas eu estou aprendendo a lidar. Aprendendo a aumentar o meu espaço e construir planos que não envolvam você. Essa é a MINHA vida, são as MINHAS escolhas, os MEUS medos - e posso te dizer que dentre eles, a ausência não mais se encontra. Deixou de ser medo, virou necessidade. Mesmo assim eu continuo sendo a mulher que não pensa pra falar, muito menos pra agir. A mulher que ri quando não pode e fala o que não deve. Mesmo não sendo previsível, é fácil apostar que eu vou ter recaídas e vou acordar de noite procurando seus braços, seu abraço. Vou te ligar pra ouvir sua voz e desligar sem ao menos emitir um som. Mas acredite, eu estou melhorando, me curando. E é impossível curar uma ferida sem tirar o objeto cortante que a causou, irremediavelmente você tem que sair dalí. A sua ausência está te expulsando aos poucos daqui. Ausência daquele tipo que te ensina, que você é obrigado a conviver para sempre. Eu me acostumei com a sua, agora acostume-se com a minha, o meu lugar já não é por aqui...Adeus.

sábado, 3 de julho de 2010

Desabafo


Que ironia não? Aquela mesma pessoa que um mês atrás queria voltar, dizia sentir minha falta e me convencia que das suas escolhas eu havia sido a mais correta. Aquela pessoa que vezes me fez querer voltar atrás, renunciar toda a minha liberdade e o meu espaço por seus braços, seu coração. E hoje eu vejo os mesmos braços, a mesma alegria indo em direção oposta, contrária àquela onde eu me encontro. E me encontro ali, MAIS UMA VEZ, querendo correr de volta, provar pra mim mesma que o meu lugar é com ele, mesmo que eu saiba que as coisas mudaram, que ele mudou. Mas eu quero, eu faço questão de me machucar. De encarar as ceninhas talvez nem tão verdadeiras que ele insiste em me fazer presenciar. São telefonemas, e-mails, mensagens que não há a menor necessidade de chegar ao meu conhecimento. Talvez eu precise mesmo é aprender que quem escolhe muito fica com o pouco. Aprender que nao existe pessoa perfeita e que príncipe encantado ainda tá preso nas folhas daquele velho livro empoeirado debaixo da minha cama. E aprender que mesmo encarando sempre como um joguinho, nem sempre eu vou ganhar, e que por ser meu não o torna menos perigoso. Talvez não seja só o costume de tê-lo por perto, de saber que ele estará ali me esperando, me suportando, me acalmando... talvez seja amor. Amor esse que como sempre só se percebe a existência quando se perde. Então parabéns: você ganhou...e eu perdi.