Vamos pra longe. Não esquece uma troca de roupa e esse sorriso que me encanta. Pega o vinho ruim que eu tanto gosto e a panela de brigadeiro que você me ensinou a querer sempre. Não deixe pra trás a simplicidade que a gente curte. Mas deixa dar meia noite que eu quero ver a lua com você. Deita, deita aqui nessa grama já molhada do orvalho. Deita e não liga. Pega nesse violão e dedilha as cordas como dedilha minha respiração quando a gente ta assim, quase sendo um só. Fala manso no meu ouvido, meus olhos agradecem a visão tanto quanto suas palavras levantam cada pelinho do meu braço. Larga o nosso medo junto com a minha noção de perigo, que eu já perdi metros atrás de nós. Mas vem e me leva. Me leva para aquele sonho tão distante que eu sonhei noite passada. Gruda em mim. Não solta. Mas olha aquela lua. Ela só não é mais bonita que esse elo que a gente está fazendo questão de criar agora. Assim, no embalo do seu violão, nas cordas da minha respiração. Na sua força que eu faço questão de ser a minha. Eu e você, como um só.
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