Ei, você. Saiba que eu só vou escrever esse texto porque eu sei que você vai ler. E vai rir e dizer que eu sou muito Caio Fernando Abreu, enquanto me manda uma das suas fábulas sobre porcos ou galinhas. E eu não vou entender nada e você vai rir de novo. E eu vou reclamar do seu jeito mas vou achar lindo. Lindo o modo com que você me olha quando eu abro a porta aqui de casa, o jeito que você me abraça enquanto eu fico na ponta dos pés. E você vai sussurrar alguma coisa no meu ouvido que eu não vou conseguir entender, talvez por ficar fascinada com o sotaque que você puxa em cada palavra que fala. E aí quem vai sorrir sou eu. E vou te abraçar por não querer te dizer tudo o que você tem me feito sentir. Cada fantasma dentro de mim que você tem matado sem perceber. E vai ser leve assim, sempre. Nós dois no abraço que nunca termina, no olhar que emenda o beijo. Eu sou orgulhosa mesmo, eu não vou te falar nada disso. Mas vai ficar aqui registrado pra você saber que eu gosto de você. A cada dia mais.
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