domingo, 27 de junho de 2010
Extremos
Deixando de lado todos os amores e os casos que vêm inundando minha vida e consequentemente meus textos, hoje quero falar sobre mim. Eu sempre fui aquela que se destacava por não se satisfazer com o pouco, em todos os sentidos. Por querer sempre mais e melhor, conheci os extremos do humor e do emocional. Eu conheci o extasy da alegria e o inevitável fim da depressão. Mas eu fui forte o suficiente pra que isso não me destruísse, mas me mostrasse o real sentido de estar aqui. Eu descobri que não importa quantos buracos estão na minha frente, eu vou pulá-los, desviá-los, cobrí-los, mas vou superá-los. O número de escaladas, montanhas e tempestades é proporcional ao número de vitórias e realizações. Nunca me disseram que a vida era fácil, e de fato não é. Mas reconheço sua beleza em cada brilho do sol, em cada grau que este me proporciona para me esquentar. Do mesmo modo que aprendi inúmeras liçoes em tão pouco tempo, reconheci que nem tudo é como parece, e que nem metade do que suponho saber eu realmente sei. Talvez tudo seja questão de tempo mesmo. Esse traiçoeiro que muitas vezes me derruba e me ensina o significado de saudade enquanto cura tantas feridas e suaviza tantas cicatrizes. Ou talvez não. Talvez seja o curso natural da vida mesmo: andar, cair e levantar. E nesse percurso conhecer pessoas que valham a pena e outras que nem tanto. Rir o suficiente pra fazer a barriga doer. Chorar a ponto de valorizar um bom sorriso. Ter amigos pra que essa caminhada seja mais amena. E aprender que alicerces podem não durar para sempre, mas por muito tempo me mantiveram em pé, e seria injusto não reconhecer isso. Assim, venho mudando os meus, transformando-os em mais fortes e quem sabe mais seguros. Eu tenho aprendido que a vida é assim, não se pode taxá-la como imutável e inerte, ela gira num ritmo semelhante ao pulsar do meu coração, onde corre um sangue fresco que implora pelo futuro. Futuro esse que eu desisti de taxar: eu vou viver e quem sabe enquanto vivo eu possa responder tantas perguntas que me rodeiam, mesmo que eu ainda não tenha certeza de quais são...
domingo, 13 de junho de 2010
Três
Nunca foi tão difícil acreditar nas suas palavras... Principalmente nessas três que você insiste em dizer e repetir. É verdade que quando você tá assim, tão perto e tão disposto, é quase impossível não acreditar, não ceder. É tentador não sair correndo e dizer que sim, eu quero voltar, mas você vai contra todos os meus princípios, meus valores. Eu vivo de verdades e você tem sido uma mentira muito bem contada que inclusive me pegou direitinho. Caí. Fazer o que? coração e razão não costumam andar muito perto um do outro mesmo. Apesar de tudo, não vou seguir seu exemplo e mentir, sou mulher o suficiente pra admitir que você quase me faz acreditar. Não é a primeira vez que me diz isso... mas eu já te alertei pra tomar cuidado com o que fala. Você me confunde. Não sei se faz parte do seu joguinho ou se você é tão sincero quanto soa ser. Mas embora eu queira acreditar, eu não consigo. O que você me pede tem andado numa linha muito perto do abismo, e eu não quero correr o risco. Seja homem pelo menos uma vez na vida e não me faça arriscar, talvez eu não suporte mais uma queda mesmo com suas palavras dando voltas e voltas pela minha mente e meu estômago...
"Confie em mim"
sábado, 12 de junho de 2010
logo eu que sempre fui assim...
Pra mim sempre foi muito fácil expressar minhas opiniões e desejos. Falar o que me vem à cabeça faz parte da minha personalidade, personalidade essa que não me permite tolerar mentiras. Mas logo eu que sempre detestei e condenei essa tal de falsidade me vejo hoje aqui, querendo te dizer coisas que sei que vão te machucar. Palavras que vão passar como um furacão por você e talvez te deixem desnorteado. Chega a ser difícil pensar que por tempos você foi meu lar e meu ponto de equilíbrio. Me trouxe paz e me escutou quando minhas crises de loucura eram tantas. Mas sabe, eu tô me sentindo hipócrita. Já não posso mais olhar nos seus olhos e fingir que eles não me remetem a outros olhos. Que suas palavras não soam tão vazias como o nada. Não posso. Me desculpe, mas não faz meu tipo agir assim. Eu tentei por dias crer ser apenas uma fase, que o tempo me faria voltar pra você. Mas sabe, não tá acontecendo e eu to aqui sem saber o que fazer. Procurei vocábulos e formas que soassem não tão devastadores, talvez mais suaves, mas eufemismo nunca foi meu forte. Me desculpe se eu não tenho sido o que você esperava, mas não sei demonstrar o que eu não sinto. Dizer o que não penso. Me desculpe... mas eu não amo mais você.
domingo, 6 de junho de 2010
foi você, e mais ninguém...
Foi-se o tempo em que meias verdades, meias promessas e meios beijos me prendiam. Eu sei que relacionamentos pela metade, raspas e restos já não me atraem. Eu sei que você fez parte da minha vida e deixou nela marcas que nenhum outro cara vai apagar. São como tatuagens, não importa quantos outros desenhos você faça em cima do antigo na tentativa de apagá-lo, você sempre lembrará que embaixo deles, havia aquele. Aquele que foi o primeiro, aquele que te apresentou as famosas borboletas no estômago. É verdade que você levou um pouco de mim com você, junto com todas as cartas e as lembranças. E de algum modo você ficou aqui. Em cada canto e cada foto. E apesar da imaturidade e da falta de experiência ter nos desgastado e nos levado em direções diferentes, eu sei que você está ali, na essência de cada pensamento. E está intacto, livre de todas as brigas e desconfianças que vieram com seus sucessores. E apesar de ter durado aqueles poucos dias ou meses, a verdade estava impressa em cada olhar e palavra. E sabe, dentre todas as coisas, você me ensinou o valor do real e do verdadeiro. Eu devo isso a você, então, seja lá aonde esteja, eu mal posso esperar que nossos caminhos se cruzem novamente, por acaso ou por destino, mas se cruzem...
Assinar:
Postagens (Atom)