domingo, 28 de agosto de 2011
Você se lembra?
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
Notice.
terça-feira, 26 de julho de 2011

Ei você aí que tá entrando na minha vida: não repara a bagunça! Não é que eu seja desorganizada assim, foram tempos difíceis. Não é que eu não goste do sol e mantenha as janelas fechadas, só preferi me esconder um pouco...chorar, arder. Não repara nesses Caio Fernando Abreu no chão não, pode empurrar e sentar onde quiser. Eu estou aqui varrendo a casa, mas acho que tenho tempo pra conversar, então fale. Você curte Adele? Se importa se eu deixar bem alto? Faz bem pro coração sabe? Não, pela primeira vez não estou falando de amor, estou falando da ausência dele. Ah, você sabe o que é isso, eu sei que sabe. Aposto que aí dentro está tão bagunçado quanto aqui. Previsível. Sabe o que é? Muitos ventos passaram por aqui ultimamente, derrubaram, quebraram, me jogaram no chão. Meses se passaram até eu conseguir abrir aquela janela ali e poder respirar. Aliás, você se importa em afastar a cortina? Tá ficando abafado aqui dentro. Obrigada. Não, ainda não passou, eu ainda sinto a brisa que sopra do leste. Mas é que eu aprendi que pra qualquer mudança, é necessário o primeiro passo. E eu to dando, tá vendo? Vamos, levante, me ajude a limpar isso aqui. Vou pendurar os quadros, arrumar as almofadas, empilhar os livros. Quem sabe no meio dessa zona eu encontre uma razão pra isso tudo. Se não achar, a gente inventa, a gente cria sonhos e corre atrás deles. A gente dá um jeito, a gente dá...
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Dois polos que me prendem...

Entrei no ônibus procurando meu lugar. Poltrona 19. Achei. Uma vez sentada, é hora de me preparar pras 5 horas que me esperavam na companhia da paisagem do meu lado direito. Sempre preferi sentar na janela, olhar a vista e não precisar conversar com quem sentasse do meu lado. Viagens, pra mim, sempre foram mais que percorrer vários quilômetros, mais que uma rotina que agora faz parte da minha vida. Viagens são viagens, e implicam no tanto de pensamentos que resolvem subir no ônibus comigo e tomar conta de mim durante todo o percurso. E dessa vez não foi diferente. Duas malas gigantes no bagageiro, notebook na bolsa, os fones no ouvido e um aperto no coração. Músicas com tantas histórias, frases com tanto sentido. Lembranças que eu carreguei comigo 6 meses atrás quando deixei minha cidade pra me aventurar a 350km de distância. Lembranças que agora martelam no meu coração pra voltar. Eu cheguei numa cidade nova, deixando toda a minha vida para trás. E construi outra, com todo o cuidado que devia. Deixar essa vida pra me lembrar que existiu outra antes dela nunca foi tão difícil. A noite começa a chegar, as árvores começam a ficar turvas na minha janela. Milhares de pessoas que me esperam, e esperam que eu diga que me arrependo, que quero voltar. Mas não. Eu construi uma vida onde o acaso me deu oportunidade. E aproveitei, e curti, e agora deixei. Opa, o céu já está negro, todo pintado de estrelas. Eu começo a ver pequenas luzes brilharem lá no fundo. É São Paulo, a cidade do caos. Vinte minutos me restam pra curtir a nostalgia que cerca viagens. Mas ta no fim. O ônibus está encostando. Eu vejo a placa "Barra Funda". Do lado dela o meu pai, com um sorriso no rosto, ansioso pela minha chegada. Hora de secar as lágrimas e aceitar que eu voltei. "Oi pai, que saudade! Enfim em casa."
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Sobre passados e presentes...

Eu não sei nada sobre você, é verdade. E não me engano, não procuro você em todas as redes sociais na tentativa de saber o que você fez nesses anos que te esperei. Te esperei porque sabia que ia te encontrar, sem saber quando nem onde. Eu sei muito bem que você viveu uma vida sem mim, assim como tenho muitas histórias das quais você não faz parte. Mas sabe, não me interessa se sua ex mora em São Paulo ou em Curitiba, ou se você ficou com ela um ano ou um mês. Não quero saber de que lado da cama ela dormia, nem de como ela te acordava pela manhã desde que agora quem esteja na sua cama seja eu. Não me importa o lado, você pode escolher. Eu nem preciso ser seu primeiro pensamento do dia, desde que seja o primeiro quando você quiser conversar, chorar. Nem faço questão de que você seja cavalheiro o tempo todo, que seja só alma. Seja corpo também, quando tiver que ser. Seja mais alma, ou mais corpo, mas seja os dois. Me ligue quando quiser ligar, me beije quando quiser beijar. Não temos mais idade pra esses joguinhos de "te quero não te querendo". Porque eu sou efusiva mesmo, quando eu quero, eu quero. E eu tenho. Seja você, com todos os defeitos que eu vou amar. Com todas as risadas que eu vou guardar de recordação. Se lembre de me deixar brava, eu adoro quando você me puxa de volta pra você. Me aqueça no frio, me abrace mesmo quando eu não precisar. Me sintonize pra você, do seu jeito que já faz tanto parte de mim. Mas não se esqueça de ser verdadeiro. E me desligue antes de ir embora.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Ainda não encontrei.

Estaria mentindo se dissesse que não. É verdade, procuro em todos os corpos encontrar você. Procuro o seu sorriso quando me via virando a esquina, as suas mãos no bolso suando de nervoso. Procuro o piercing na sobrancelha que você um dia quis colocar e bateu na minha porta pra me mostrar. Procuro você encostado na grade em frente do colégio quando agora eu saio da faculdade. Procuro seus dedos entre os meus quando toca a nossa música. Procuro o seu carro em do outro lado da rua, mesmo em outra cidade. Procuro seus olhos pequenos me fitando enquanto eu falo no telefone. Procuro a sua compania até o ponto de ônibus. Procuro a sua voz rouca que ainda sussura as palavras que um dia passaram pelos meus ouvidos. Procuro seu andar desajeitado em cada passo que eu dou, sozinha ou não. E agora outros olhos me fitam, outra voz tenta me seduzir, outro carro está estacionado aqui em frente. E jajá eu preciso ir, tem gente me esperando no hall do predio. E eu continuo a te procurar em todos os homens que ousam tentar me conhecer. E não me conhecem, não como você.
segunda-feira, 23 de maio de 2011

Existem dores que latejam fundo, doem ardido. Existem certezas que martelam na mente, dúvidas que jamais serão respondidas. Questionamentos que eu insisto em me fazer pra tentar entender cada atitude sua, cada erro que você insistia em defender. Queria entender suas razões, seus motivos. Você reconstruiu sua vida e destruiu a minha. E dói. Dói bastante. Dói lá dentro. Eu não sei o que dizer, o que perguntar, o que afirmar. Eu só queria conseguir escrever. Então só fica registrado que eu queria sentir sua falta, queria escrever sobre você. Queria dizer o quanto você fez parte da minha vida e da minha história. O quanto você me abraçou quando eu precisei. O quanto eu te quis por perto. Mas eu não consigo. Você matou aos poucos o maior amor do mundo. Você morreu devagar, e levou contigo cada pedacinho do meu sorriso. E agora você se foi de verdade. E agora eu sei que acabou. E quando acaba, dói mais ainda.
Não ame.

Eu vou pedir pra você não me amar. Isso, não me ame. Não me ame porque dessa vez eu não quero precisar fugir, não quero precisar te deixar pra trás. Acontece que eu não vou te amar, não sei te amar. Mas eu sei gostar, e muito. Então não vamos complicar as coisas, não vamos colocar rótulos nisso aqui que é tão bonito. Você gosta, eu gosto, ninguém ama. Sabe, amor machuca. Gostar não. Amor dói, amor sufoca. Não quero doer, já sinto dor o suficiente pela vida inteira. Não quero sufocar. Não quero que você tire meus pés do chão que eu demorei tanto pra encontrar. Quero ficar bem aqui. Não queira me fazer voar, não tenho asas meu bem. Não queira me mostrar o sol nascer, porque uma hora ele morre. Não queira me levar junto, só me queira aqui. Você sabe meu telefone e meu endereço. Você sabe meu nome mas não sabe meu passado. E não queira saber. Pra mim, saber que você existe já basta. E existe por enquanto. Porque amanhã eu posso dar uma volta e não mais voltar. Eu sou assim. Eu sou livre. Eu sou solta. Eu sei que nada dura pra sempre. Eu sei que eu não sei quanto tempo vou continuar assim. E se amanhã for diferente? Amanhã é outro dia, e amanhã eu me preocupo. Porque eu sou solta, eu sou livre, não queira me amar, apenas goste, goste de gostar.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Amor,

Sabe, tem muita coisa que eu queria te dizer e não sei como, nem por onde começar. Na verdade eu acho que muito do que eu preciso falar você já sabe... você enxerga dentro de mim, mesmo sem eu nunca ter tido coragem pra dizer. É verdade, amor, que eu tenho medo. Tenho medo inclusive de te chamar assim e de ficar tão frágil só com essa palavra, porque eu sei que eu fico. Tenho medo porque faz tempo que eu tenho desistido. E uso esse tempo verbal por ser uma escolha constante. Constante porque eu sou humana e muitas vezes meu coração quer acreditar. Quer acreditar que vai dar certo, que as pessoas são boas, que o futuro me aguarda. Mas eu tenho desistido por já ter percebido que não é bem assim, amor, não é. Não existe príncipe encantado nem carruagem, não existe términos amigáveis e fins sem lágrimas. E eu já derrubei muitas, já quebrei muito a cara, amor. E por mais que eu queira acreditar, eu tenho medo, medo que tudo isso se repita. Medo do mal que você pode me fazer mesmo estando aqui comigo. Medo de você ir embora, medo de depender de você. Medo dos meus medos.Mas sabe, eu resolvi tentar. Resolvi tentar porque você é o único que não faz minha barriga gelar e nem cria borboletas no meu estômago. Você é uma certeza segura e quieta, que tem deixado meus dias com certeza melhores. Você é mensagem no fim do dia, oo abraço mesmo quando eu fico puta. Esse negócio de paixão avassaladora, pra mim, é coisa de adolescente, coisa de quem precisa ter algo pra contar. Mas eu te escolhi porque eu não quero mais morrer por dentro de medo toda vez que seu celular tocar ou toda vez que uma loira gostosa passar do nosso lado. Eu quero paz, eu quero abrigo no fim do dia, depois que tudo tiver dado errado e eu só precisar da nossa taça de vinho e nossas conversas sem pé nem cabeça. Mesmo assim, amor, você precisa ter paciência. Paciência porque eu tenho medo de me envolver, mesmo já estando com os pés e as mãos mais enroladas que nunca. Eu tenho medo de cada passo que a gente dá, por saber que não tem volta. Só quero que você entenda que eu tenho muitas cicatrizes, muitas feridas que ainda latejam quando eu encosto a cabeça no travesseiro, mesmo quando você dorme a centímetros de mim. Então só tenha paciência. Eu vou demorar um pouco, mas eu vou curar cada machucado que a vida fez em mim... e você vai me ajudar. Com cada sorriso, cada mão dada, cada passo lado a lado. Eu te admiro por ter tido coragem de quebrar a casca, de conhecer quem eu sou por dentro e por trás de toda essa armadura que eu criei. Eu agradeço por estar tentando, mesmo quando eu recuo a cada tentativa sua de se aproximar. E agora eu sei que você tá aqui pra mim, e pra sempre, o nosso sempre que vai durar enquanto a gente quiser que dure. E eu to mudando, to abrindo a janela e deixando o sol entrar. E o melhor, to deixando você me curtir, me mostrar que pode ser diferente dessa vez. E a verdade é essa, “até quem me vê na fila do pão sabe que eu te encontrei.”