quarta-feira, 23 de março de 2011

And I miss it.


São quilômetros de distância, horas que nos separam como jamais imaginei que pudessem. São lembranças que eu procuro esquecer, deixar passar. E você aí que continua a me ligar todos os dias pra saber como foi o meu dia, pra me dar boa noite. São detalhes que eu tento fugir pra não me lembrar do quão confortável era o seu abraço, o quão segura eu era alí. E continua a me mostrar que apesar de toda a liberdade, a falta de compromisso, as loucuras, nada se compara com a segurança que você me proporcionava. And I miss it. Mais do que deveria. Mais do que tenho suportado. E embora eu saiba que uma parte de mim caminha com você, eu preciso seguir em frente, deixar passar. E passa, com o tempo passa. Passa como todos os outros que deixei passar...

sexta-feira, 4 de março de 2011


Há tempos não sabia como era respirar e não me sentir sufocada, deitar e sonhar com dias melhores que hoje já estão tão próximos. Hoje eu levantei daquele colchão ainda sem estrado, naquele quarto que ainda não é meu, e me senti feliz. Mesmo sem as quatro paredes que sempre me serviram de consolo, mesmo sem a segurança estrutural que você podia me oferecer. É fato que de agora em diante os problemas serão só meus, minha casa agora é outra, meus caminhos tão inseguros como sempre, porém cheios de uma esperança sem igual. Por anos eu tentei te avisar que esse dia chegaria, que as correntes que suas palavras criaram não suportariam a pressão dos meus sonhos, dos meus anseios, eu te avisei. Sua ignorância fez dos seus olhos, pontos que eu insisto em fugir. O amor que você tentava me fazer acreditar hoje não passa de um borrão na minha memória, algo que eu vou esquecer. E eu que sempre julguei a distância e sempre tive medo dela, hoje agradeço pela sua existência. Porque ela quebrou todas as forças que você criou durante anos, os seus fantasmas, a sua própria insegurança. A distância que hoje nos separa, me libertou, me liberta, me traz a paz.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Agora


E quer saber? Chega de viver o presente preocupando-me com o dia de amanhã que talvez não chegue. Chega de esconder de mim mesma o que eu sempre quis. Os meus sonhos? São meu presente e meu futuro, meus planos e minhas conquistas. Estas que vou lutar pra que se tornem realidade. Desculpe, mas não consigo enxergar como erro seguir algo que é paixão desde que me conheço por gente. E que eu meta então a cara a tapa, que lute, que caia, que morra. E eu sou feliz assim, com toda minhas inconsequências, minhas loucuras e minhas inconstâncias...Feliz agora.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Perder


Perder a esperança é como tentar voar sem asas, sabendo que o próximo passo é o chão logo embaixo de você. É perder o que te segura quando as forças que te empurram pro abismo são tantas. É saber que nada mais vale a pena. Eu perdi minhas esperanças em você, por todos os atos que hoje me fazem acreditar que você não existe. Você foi a mentira mais bem contada que alguém me fez acreditar, e tentou me pregar peças que eu prefiro esquecer. Você me fez crer que eu não era capaz de ser feliz sozinha, com os meus passos, os meus caminhos e os meus sonhos. E hoje eu te desprezo por isso... porque eu sei que eu sou capaz de muito mais, olha só aonde eu cheguei. Eu percorri os caminhos que você crucificava, eu chorei, mas fui feliz. E eu te agradeço por ter me mostrado o que é também perder a coragem. A coragem de apostar em alguém que não aposta em mim. Obrigada por me mostrar que seus caminhos não me levariam aos teus braços, não me levariam a lugar algum. Obrigada. Segui meu trilho, minha vida...e minhas lágrimas me levaram a um lugar que você invejaria, mas é muito cego pra conseguir enxergar. Enquanto você fica no conhecido e no pré estabelecido, andei por lugares jamais visitados, conheci os altos e baixos. Foram muitos os tombos e os arranhões, mas eu sobrevivi, melhor e mais forte do que nunca.

domingo, 2 de janeiro de 2011

2011


02:30 da manhã. Passada toda a euforia, os gritos e os fogos do fim daquele ano que hoje já me parece tão distante, me peguei ali, na beira daquela fogueira pensando no futuro que me esperava, nos 365 dias que eu teria pra realizar todos os sonhos que eu tanto almejo. E eu assistia aquela cena pedindo tanto pra que todas as tristezas e todas as lágrimas fossem queimadas como aqueles pedaços de madeira, que nem imaginavam o que se passava pela minha mente. E eu percebi meu olho umidecer sem que eu pudesse controlar, eu olhei pro céu e eu vi tantas estrelas ali me observando. E me senti tão frágil, como se não pudesse fugir delas, não pudesse esconder o quão fraca estou ultimamente. E ao mesmo tempo que sou tão incapaz, desejo com todas as forças que me restam realizar o que eu sei que me fará feliz. E aguardo, impaciente, decisões que já não dependem de mim. E assim me torno forte, sabendo que o futuro é tão incerto quanto a minha felicidade. Tão incerto quanto as forças que eu ainda seguro pra me manter viva... e vivo tentando fazer da minha existencia algo não tão complexo, mesmo que pra isso eu precise traçar planos e correr atrás deles, pra me certificar que ainda sobrevivo, que ainda existo. O ano se foi pra me provar que eu posso ser forte mesmo sendo tão fraca. 2011 vem pra me certificar que o esforço, mesmo que incerto, vai me levar pra um lugar onde vou encontrar a minha paz... onde as estrelas não vão me amedrontar. Vem 2011, vem e traz contigo tudo o que eu preciso! UNESP (L)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Nothing Lasts Forever


Eu ainda não entendo a facilidade que você teve pra virar as costas e caminhar sem ao menos olhar pra trás. Eu não entendo como você conseguiu desfazer todas as promessas que me fez nos últimos meses e simplesmente ir embora. Mas, como a mulher de fases que sou, sei que esta é apenas mais uma... uma que vai demorar pra passar. E sabe, nada dura pra sempre. Nem o meu amor por você e muito menos essa dor que sinceramente tá me matando. Você não foi o primeiro que dividiu comigo as estrelas que o céu pintava na minha janela, mas foi nelas que eu enxerguei o seu nome outro dia... Apesar de tudo eu não vou desistir de mim mais uma vez... você me ensinou que a única pessoa que pode me fazer feliz sou eu mesma. Você não desistiu de mim quando eu já havia desistido, e só isso já paga todas as lágrimas que estão molhando o teclado agora. Aprendi também que quando a gente ama a gente tem que deixar livre... então vai meu amor, mas por favor volta!

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Desenho por Rafael Becerra.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

É ele


Ei você. Eu sei que você me vê sair de casa todos os dias e me encara enquanto espero meu ônibus na rua de baixo. Eu sei que você sai 10 minutos antes do trabalho pra ver se me encontra na volta para casa. E se me vê do outro lado da rua você atravessa na tentativa de chamar minha atenção. E sabe, você conseguiu. Eu admiro a paciência que você tem de analisar cada traço da minha fisionomia. Eu acho lindo o respeito e o cuidado que você tem com as palavras quando se refere a mim. Eu sinto sua respiração no ritmo da minha quando vem me cumprimentar. Eu percebo os seus olhos em mim mesmo quando estou longe e distraída. E o melhor de tudo é que você me conhece melhor do que ninguém. E me entende melhor do que ninguém. E me trata melhor do que ninguém. E além de tudo você sempre foi meu companheiro, confidente, amigo. Talvez você tivesse razão quando me ligou semana passada, dizendo que podíamos ser mais juntos. Podíamos ser o melhor de nós dois. Eu acho que eu sempre soube e você também. Nossas vidas foram feitas uma para a outra, nossas características moldadas para os defeitos um do outro. O seu corpo é o encaixe perfeito do meu, com a estrutura exata pra suportar os tantos pesos que trago comigo. Eu tentei esconder de mim mesma, por anos, o quanto as minhas imperfeições fazem das suas insignificantes. O quanto somos tão desajeitados separados, mas imbatíveis juntos. Mas está na hora de enfrentar, de aceitar. Talvez seja verdade que eu amo o seu sorriso, o seu andar, o seu jeito despreocupado de contar o que fez durante o dia. Inevitavelmente, eu sou apaixonada pela pessoa que você se tornou na minha vida, apaixonada por você.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Adeus


Eu digo Adeus. Vou-me indo por aí, sem caminho, sem destino. Quero correr todos os campos floridos que encontrar, nadar em todos os oceanos que eu puder. Deixa eu tomar esse banho de chuva, rolar na grama como uma criança. Deixa, deixa eu ser... Deixa eu ser inconsequente e imatura só mais uma vez...enquanto é tempo. Vou viajar, conhecer países e lugares que eu nunca vou esquecer, vou falar com gente estranha e fazer amigos na fila do pão. Quero pular de paraquedas e mergulhar nas Ilhas do Caribe. Deixa eu viver, deixa eu viver. Eu tenho pressa, pressa de sentir o vento no meu cabelo, de sentir as gotas no meu rosto. Eu tenho pressa de respirar esse ar que oxigena o meu sangue e me traz a vida. Deixa eu ir, sem data marcada pra retornar, sem passagem pra voltar. Deixa eu ir, deixa eu ser, deixa eu viver, deixa eu procurar... e diga a todos, que só volto quando me encontrar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Desejaria mil vezes que sua mãe tivesse tido dor de cabeça naquele dia. Ela não teve, você nasceu. E o pior, me conheceu. Esbarrou em mim e derrubou todos os meus livros, bagunçando todas minhas folhas e depois, toda minha mente. Desculpe a rima, mas não consigo evitar, tudo que eu escrevo sobre você acaba virando poesia. E você não merece ser na minha vida, nem aquela frase que digo toda vez que chuto o dedinho na quina da cama. Você é um idiota, que não tem nada na cabeça e no coração. E o problema é justamente esse, eu sempre achei que poderia completar esse vazio. Eu não sou o suficiente, sou mais que isso. Eu sobro. E essa parte que sobra dói toda vez que você diz que não tem certeza. Decorei suas palavras, mas nunca as entendi.

Desisto de te deixar explicar, sua vez acabou.


(Desconheço Autoria)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

...


E o meu maior medo era te ver assim, tão entregue, tão disposto, tão presente mesmo com todo o seu passado. Me assustava te ver querendo me fazer bem, querendo apagar de mim tudo o que me fez ser o que eu sou hoje, tão desconfiada, tão inacessível. Talvez você também tivesse medo, medo das minhas reações, medo dos meus medos. E mesmo assim queria estar comigo, apenas estar comigo, sem cobranças, sem clichês, sem rótulos. Você não precisava de uma aliança no dedo nem mesmo sair por aí dizendo que eu era sua e só sua, pra você bastava que eu fosse sua enquanto estivesse com você. E eu não vou negar que eu gosto de você, gosto sim. Mas por gostar não vou me permitir entrar nessa falta de compromisso. É verdade que eu andei meio sem rumo ultimamente, estive em muitos abraços e dormi várias vezes pensando em outros, mas eu continuo aqui, debaixo de toda essa proteção. Continuo a mesma menina que não consegue te beijar e esconder, que se controla pra não gritar pro mundo que meu lugar é do seu lado. Mas maior que o medo que eu tenho de te ver assim, é o medo que eu tenho de me ver aqui, sabendo que você vai ler esse texto e vai achar que é hipocrisia. Me desculpe se eu não sou tão transparente quanto você gostaria, me desculpe se o meu medo é maior que a minha capacidade de correr até você, me desculpe...