sexta-feira, 4 de março de 2011
Há tempos não sabia como era respirar e não me sentir sufocada, deitar e sonhar com dias melhores que hoje já estão tão próximos. Hoje eu levantei daquele colchão ainda sem estrado, naquele quarto que ainda não é meu, e me senti feliz. Mesmo sem as quatro paredes que sempre me serviram de consolo, mesmo sem a segurança estrutural que você podia me oferecer. É fato que de agora em diante os problemas serão só meus, minha casa agora é outra, meus caminhos tão inseguros como sempre, porém cheios de uma esperança sem igual. Por anos eu tentei te avisar que esse dia chegaria, que as correntes que suas palavras criaram não suportariam a pressão dos meus sonhos, dos meus anseios, eu te avisei. Sua ignorância fez dos seus olhos, pontos que eu insisto em fugir. O amor que você tentava me fazer acreditar hoje não passa de um borrão na minha memória, algo que eu vou esquecer. E eu que sempre julguei a distância e sempre tive medo dela, hoje agradeço pela sua existência. Porque ela quebrou todas as forças que você criou durante anos, os seus fantasmas, a sua própria insegurança. A distância que hoje nos separa, me libertou, me liberta, me traz a paz.
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