Esse é o primeiro dos setenta textos do Ei, Me encontra! cuja publicação está programada. Dia 12 de junho, 13 horas.
Já é madrugada do dia 11, 3horas e 44minutos. Faz umas três horas que você saiu daqui. Acho que foi a primeira vez que você veio e não ficou. Eu tinha trabalho pra fazer, você também e então foi embora. Eu fiz meu trabalho, juro. E tô com sono também, mas antes eu precisava vir aqui. Te falei que não escrevo por obrigação né? Mas tem hora que é assim, eu preciso.
Amor, esse é o meu presente pra você.
Talvez eu não seja tão boa com as palavras ao vivo quanto sou quando estamos só eu e a tela desse computador, depois que você já se certificou de que eu jantei, já me arrancou suspiros, levantou cada pelinho das minhas costas, me fez morrer de saudade e ainda me deixou com cara de boba, olhando sua moto virar a esquina e sumir na Henrique Savi. Talvez eu realmente ainda não esteja acostumada com a ideia de depender de alguém tanto assim, de poder ter mil lugares pra ir e coisas pra fazer mas querer apenas fazer nada e ir pros teus braços. A verdade, amor, é que você não tem noção do que você faz comigo. Eu estou sozinha aqui na sala de casa olhando pra blusa que você esqueceu em cima do meu sofá e tudo o que eu queria é que você notasse a ausência dela e viesse buscar. Aliás, porque você não nota a minha ausência e vem me buscar também? Juro que eu faço o almoço que eu prometi meses atrás! Mas vem me buscar, amor, e não me solta nunca mais...
Eu sei que eu disse que são seus olhos que eu nunca esqueço, mas na boa? Eu nunca esqueço é de você inteiro! Do jeito que você me faz ver o mundo, da vontade que eu tenho de viver ao seu lado, do medo de você não estar aqui daqui 6 meses ou 2 anos. Promete que se você for, você me leva junto? Mesmo que seja dentro do seu peito, no seu olhar... mas me leva!
Hoje mesmo você me disse que não gosta de ler meus textos, de ver que existiu história antes de você. De fato, amor, existiu história, mas dessas de contos de fada, sabe? Começo, meio e fim. Acho que é por isso que eu tenho evitado tanto falar de você, de nós. Logo eu que sempre digo que tudo tem um final, achei o meu pra sempre. Talvez seja hora de mudar as coisas por aqui... esse texto é só o começo, e o meu pra sempre é você.
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